Depois de identificada a necessidade de amputação, deve-se considerar o nível, ou seja, a altura onde será feita a intervenção cirúrgica. A conduta deve ser sempre a de preservar o máximo possível do membro para garantir uma boa cicatrização com adequada cobertura de pele e sensibilidade preservada facilitando a instalação de uma prótese funcional.
É preciso sempre salientar que amputações são últimos recursos no tratamento de doenças ou traumas. Sendo assim, a vida e a integridade do paciente são os fatores mais importantes, e o nível de amputação escolhido pela equipe cirúrgica acompanha essa premissa.
Em se tratando de membros inferiores, podemos destacar os seguintes níveis de amputação:
Hemipelvectomia
Trata-se da remoção de todo o membro inferior e uma parte da bacia próxima ao sacro, ficando sob função da bacia o controle da prótese. A protetização neste caso inclui não só o pé e o joelho, mas uma articulação de quadril e os conectores para encaixe protético. Um acabamento estético pode ser utilizado a fim de que ela fique imperceptível.
Desarticulação de quadril
Neste nível, o fêmur do paciente é removido por completo, deixando o controle da prótese para a pelve. Aqui também, se faz necessário um conjunto de próteses que incluem pé, joelho, articulação de quadril e os elementos conectores. Um acabamento estético pode ser aplicado sobre a prótese.
Transfemoral
A amputação transfemoral ocorre entre a articulação do quadril e o joelho. Também conhecida como amputação de coxa, pode ser diferenciada em proximal, média e distal uma divisão feita para especificar em que terço do osso a intervenção cirúrgica será realizada. A protetização inclui o pé, o joelho, os elementos conectores e um acabamento estético pode ser utilizado sobre a prótese para que fique visualmente imperceptível.
Desarticulação de joelho
Este nível de amputação é caracterizado pela remoção do membro inferior a partir do joelho preservando assim o fêmur. O paciente precisará de uma articulação de joelho e um pé protético além dos elementos de conexão para realizar a protetização.
Transtibial
Se assemelha à amputação transfemoral no sentido de que também pode ser dividida em 3 terços. A amputação transtibial remove o membro na altura da canela para baixo. Neste caso a instalação da prótese é feita abaixo do joelho solicitando do paciente apenas o pé protético e os elementos conectores.
Desarticulação do tornozelo
Acontece na desarticulação do joelho, removendo o pé por completo. A protetização demanda apenas o pé e os elementos conectores.
Quando falamos do pé especificamente, existem uma variedade de amputações a se considerar, desde a remoção de um dedo até uma parcial do pé. Dentre estas várias possibilidades e níveis de amputação do pé, podemos destacar uma que é muito comum, a amputação Syme. Este nível também ocorre na desarticulação do tornozelo, mas o calcanhar do paciente é preservado. Em todos estes níveis de amputação, próteses de silicone podem ser utilizadas.